terça-feira, 29 de julho de 2008

Talvez eu tenha no fundo algum espírito masoquista por ficar pensando tanto em tanta coisa que não merece ser pensada. Pensei em você hoje, e não que esteja dizendo que não pode ser mudada, menos ainda que pode ser mudada facilmente Apenas voltando pra parte que falei do meu masoquismo, pois é, eu pensei em você hoje.
Da última vez que tinha falado com você você falou "sonha comigo e depois me conta", eu não te contei, e nem lembro com o que sonhei enquanto dormia, mas enquanto acordado, não pude deixar de sonhar com vcê por nenhum segundo.
Eu estive sendo um idiota por muito tempo, e se você concorda, eu também, mas se você discora, então acho que é uma das poucas vezes que ou descordar de você.
Eu tava mesmo é precisando te abraçar, e depois de falar aquele tanto de bosta que eu falei, hoje pensei numa boa forma de fazer parecer que nada aconteceu.
Quando eu te encontrar eu vou te mostrar aquela foto que eu tenho bem pequeno que você acha super fofo. Antes do oi, antes do primeiro beijo. Aliás, depois da foto, o beijo, depois do beijo, o oi, bem cinematográfico, como eu sempre projetei as coisas pra nós. Mesmo assim não deu certo e teve a primeira vez, que foi espontâneo... Mas aí ja é outra estória...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

"Tell me, where do you go when your money's all gone?When your friends are all gone? When your love is all gone?No right turns, always seem to be wrongAll goes bad, it's so hard to be strong". É uma música do transplants, não escrevi pra explicar. Talvez eu esteja só precisando de um pouco de sono agora.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Dercy Gonçalves morreu.
O mundo agora está dividido entre aqueles que caçoavam Dercy Gonçalves e ainda sacaneiam, e aqueles que sacaneavam Dercy Gonçalves e tentam ser mais puritanos e dizem: "Vocês não podem falar essas coisas".
Claro que é falsidade puritana, Dercy Gonçalves foi criada para viver muito e ser alvo de muitas piadas, sua morte não significará o fim das piadas sobre ela, pelo contrário, virão novas.
Dercy Gonçalves Morre e deixa para nós uma sociedade frustrada com o fato de que poucos sobrervivem tanto tempo, e uma piada sobre "o orkut estará sendo atualizado por 101 anos em homenagem à Dercy Gonçalves, se você não enviar essa mensagem para 30 amigos nos próximos 40 minutos, vai virar piada igual a ela."
Morre Dercy Gonçalves, fica a tragédia humana que é a própria humanidade.

domingo, 20 de julho de 2008

Mudei.

Por toda a vida esperei pelo momento que eu mudasse, porque acho que nunca estive verdadeiramente satisfeito de ser eu, sempre me achei muito errado, como ja dizia o vocalista do Weezer, "Crapy girls never look at me, why should they i am nobody, got nothing in my pocket". Pois agora, eu sei que "beverly hills, thats where i want to be".
Sempre achei que aconteceria uma grande queda ou um grande salto na minha vida que fosse o que me fizesse ser essa outra pessoa que eu nunca enjoei de querer ser. Afinal de contas, todos sabemos que ganhar um milhão na loteria muda a vida de qualquer um. Mas eu não ganhei na loteria, de certo não acharia ruim, mesmo sabendo que não rpeciso de tanta coisa pra ser feliz ja que fui acostumado a não me apegar aos bens materiais (o que justifica o fato de eu ser tão romântico e às vezes tão idiota.)
Minha idéia de pessoa, não sei como era, mas eu via em cada um daqueles que eu conheço, uma característica que merecia ser imitada, sou tanta gente que ja não sei quem sou, e cansei de querer ser todos vocês, acho que na verdade todo mundo tem um pouco disso que eu tenho, por isso existem as influências. Gostar de algo, é admirá-lo, mas também querer sê-lo.
Quis ser cada um de vocês mas hoje eu sei que queria ter sido eu mesmo. Queria ter sido só tão bom quanto cada um de vocês é em o que quer que façam, sempre procurei me aperfeiçoar, mas não em mim. Me mirei nos exemplos daqueles que estavam à minha volta.
Hoje eu me dei conta de que não vou ser melhor enquanto não tentar ser eu mesmo, tenho que ser acima de tudo, alguém que está por cima de ser igual às outras pessoas. Não que seja ruim ser um pouco de cada um de vocês, porque afinal eu não iria querer ter sido nenhum de vocês se isso não me parecesse bom.
Quero ser eu mesmo, e ser um pouco de cada um, quero poder fazer com que o ponto forte de cada um de vocês seja também meu ponto forte, sem buscar a perfeição. Quero vocês sempre comigo, por mais piegas ou mesmo EMO que pareça isso, eu quero poder sempre poder contar com vocês pra estarem comigo. E espero, mesmo mesmo, que eu também tenha em mim, o que eu quis copiar de vocês.
Desculpem por ser tão bobão, e tão piegas e por ter imitado vocês também, mas mesmo assim, Feliz dia Do Amigo.

domingo, 13 de julho de 2008

Estava bêbado com um cigarro nas mãos, estava com bastante frio na hora. Tinha alguma coisa que me fazia olhar para as estrelas como se nunca mais tivesse outra chance de vê-las. Alguma coisa que prendia meu olhar nelas e eu estava fissurado. Não queria ver algo belo antes disso, pelo contrário, estava violento e precisava de uma briga. Um vento fraco me acalmou e eu tossi. A fadiga ja estava me alcançando.
- Falta muito?
- Só mais um pouco.
Tinhamos combinado de dormir na casa dele, e eu ainda não sabia onde era. Na verdade o combinado era que o vulto de nossas 5 almas vagassem a noite toda pela rua, a idéia era fazer desse um rolê inesquecível. E lá íamos nós, para um colchão.
Todos os cinco tinham plena conciência do mundo, éramos 3 skinheads e dois punks cansados de tanta cerveja e cansados do mundo. Viciados em nós mesmos, vagamos algumas quadras conversando sobre o Hooliganismo. Meu gosto pelo Hooliganismo se resumia às brigas.
Deitamos na poltrona e aos poucos cada um foi dormindo. Eu por último, ainda tinha esperanças de sair e tomar mais alguma cerveja ou fumar mais um cigarro. Consegui ver o sol nascendo, muito bonito. Foi quando desmaiei.
É. Esse é o fim do rolê.

sábado, 12 de julho de 2008

Marlboro Light e Whisky Caro.

"Tristeza não tem fim, felicidade sim." Queria rasgar o sentido dessa frase, e não parava por aí, pisava em cima e cuspia, logo depois de tocar fogo. Entretanto, apesar de ter menos certezas que Fernando Pessoa em "Tabacaria", tenho certeza que Vinícius de Moraes estava muito sóbrio quando escreveu isso, até porque, faz todo o sentido, e eu posso (e o faço) viver o sentido mais forte dessa frase.
Tenho uma caixa de Marlboro Light no meu bolso. Tenho ao meu lado uma garrafa de Whisky cara. Hei de ser feliz por isso? "Não, nem em mim”.
A chuva. É o motivo da minha tristeza. Fico triste porque não tem chovido ultimamente, e eu posso não ter a oportunidade de beijar meu amor embaixo de uma garoa, não posso sentir aquele cheiro de chuva que eu tanto gosto e nem correr para um abraç molhado.
Ao invés disso bebo. Ao sabor forte do Whisky caro eu acendo um cigarro. Não me senti mais feliz, e depois desse cigarro, mais dois. Talvez eu estivesse mesmo certo desde o início. Talvez alcool e cigarro não fizessem as pessoas felizes. Apago o cigarro.
Já estava cansado de tudo isso, de qualquer forma...

Sinto sua falta.

Foi quando senti sua falta. Querer o corpo dela do meu lado, mesmo que não pudesse tocar, só pra me sentir melhor. Ela ali, poderia me fazer esquecer o quanto o mundo era imbecil, quanto a morte das pessoas não tinha nada a ver comigo. Porque eu sinto a dor das outras pessoas? Basta ler no jornal que alguém morreu que eu já fico deprimido. Choro mais do que a viúva a lado do cadáver. Por isso eu evito jornais. Eles me deprimem.
- Vai querer o que?
Essa era a única coisa que a humanidade tinha pra me dizer por eu me preocupar tanto com ela?
- Cigarro. Marlboro.
Ela trouxe e eu paguei. Até que ponto vai a mente humana?
Acendi um cigarro e chorei. Não com lágrimas, porque acho que não são necessárias lágrimas para chorar, as pessoas pensam que lágrimas é que fazem o choro, e eu digo que o que faz o choro é a vontade de acabar com a própria vida.
Traguei bem forte e analisei a possibilidade de pular na frente do ônibus. Como eu queria ela ali agora, só para poder dizer "eu te amo", abraçá-la e fazer alguma brincadeira idiota que fizesse ela rir. Como queria ela ali.

Já fui eu.

Ontem, eu pude ser como eu jamais fui em toda a minha vida. Tive vontade de escrever o que estava sentindo. Tive medo de chorar, medo de sorrir. Ontem, eu fui mais eu do que jamais alguém foi. Infelizmente eu sabia que o tempo curaria até mesmo a sensação de se eu mesmo.
Tive vontade de chorar, e quando me olhei no espelho, vi só uma sombra. Uma sombra com lágrimas na face. Estava muito frio, mas eu acho que tremi porque nunca tinha podido ser tão EU quanto fui. Isso me deprimiu.
Conhecer a si mesmo deveria ser uma coisa que me deixaria feliz. Ao contrário, me senti podre. Quis me matar. Olhei pela janela e vi a luz na pista deserta. Me lembrei das viagens de ônibus que fazia quando era menor.
Me senti muito só. Senti que as pessoas à minha volta não estavam interessadas. O frio cortante me fez ter vontade de comer algo, apesar da minha ânsia de vômito que sentia de mim mesmo. Desci as escadas tentando não fazer barulho e peguei um sanduíche. Fui para a varanda e á acendi um cigarro.
Quem me dera parar de fumar, pensei. A sensação do tabaco indo para o meu pulmão me deixou calmo e eu acariciei o gato preto que passava ali. Sete anos de azar uma ova.
Pensei na minha garota e como seria. Pensei em mim daqui a 50 anos. Seria um fracassado. Gordo, feio e torto. Pobre, tosco e burro. Sozinho como meu pai.
Sempre idealizei muito meu pai, ele sempre foi um cara duro, sem regalias e cheio de dúvidas. Foda-se, pensei. A minha vida toda eu tenho esperado por alguma epifania que me fizesse ser um cara fodão. Esperei dezessete anos. Talvez aquele tenha sido o momento. Apaguei o cigarro na sola do sapato e entrei.