quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ilmo ao Sr Diretor

Tiro o chapéu ao senhor diretor,
capaz de falar e fazer as coisas com tanta frieza,
tanto cálculo e nenhuma emoção,
eu tiro meu chapéu.

Talvez se todas as pessoas do mundo se amassem,
seria mais fácil, bem mais fácil.

Mundo louco esse, todos sabemos.
Mas ao senhor diretor, congratulações
pela sua frieza.

Agora, ainda tenho uma pergunta
ao nosso mestre do mundo,
que nos ensina a ser como somos hoje,
já amou e sofres ou sempre foi esse homem frio,
cruel e escroto como todos vemos?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O envelhecimento só traz tristeza.
A vida só perde em sentido.
A vida só perde, e perde e perde
Em sentido.

Eu queria poder prever as coisas,
É tudo tão confuso.
Tudo tão confuso.

Quando eu imagino o meu futuro
Eu vejo uma névoa.
A confusão de não poder prever,
A falta de algo sólido pra se segurar...

Mas nada me dá certezas,
As certezas que tenho,
Até por vezes se mostram tão incertas.
Será só comigo?
Alguém aí mais sente o que eu sinto?
Você aí, por detrás dessas palavras tão cheias de mágoa,
Você sente o que eu sinto?
Vai chorar como eu chorei?

terça-feira, 18 de maio de 2010

Palavra poeta,
Poeta por si.
Palavra tão quieta
E tão cheia de si.

Tão charme, poeta
Tão cheio de rima.
Luz dos olhos pros olhos
Palavra que fascina.

Poeta, poeta, tome vergonha!
Não vê que os versos que versas
Não são tulipas ou begônias,
Mas facas, pulsantes, exangues, expressas?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Apreciação Musical

Há mais na música do que particularmente um gosto musical. A magia que há na arte de ouvir algo tão extenso quanto a Música é simplesmente a troca da apreciação musical pela forma na qual a música toca a sua alma, livre de preconceitos, livre de preceitos ou expectativas, sem conservadorismo musical algum, afinal, por sermos pessoas diferentes podemos nos adequar a apenas o nosso estilo musical, livres de modas ou de excessos, guiados apenas pela maneira a qual alma é tocada.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Imprima tuas idéias imenso poeta,
imundo, sujo, e desgasto poeta.
Imprime essa ternura de versos sem jeito,
sem nome, imperfeitos
e mortos de fome.

Ecreve essa podridão que te assola,
essa que afunda, afoga e te mata,
bem aos pouquinhos...

Sangre essas palavras com gosto,
o orgulho de ser poeta,
o orgulho de ter a oportunidade de jamais morrer.
De fome sim, de novo não.

Afoga esse treco que sái de dentro,
mata com essa faca que carrega.
Afunda, que o mundo não é abrigo,
é o buraco fundo que deus prometeu.