Que é que você faz
quando perde as esperanças?
Que é que você faz
quando teu castelo desmorona?
Se já não há nenhum lugar pra ir
ou motivo, que é que você faz?
você chora calado?
Como que tentando esconder do mundo
a humilhação de jamais ser perfeito?
Você escreve?
Pra tentar desabafar com seus únicos amigos
o papel e a caneta?
Ninguém pode ser perfeito,
mas quando tudo cái,
você é cada vez menos.
Já sentiu como se quisesse desaparecer?
Ja sentiu o corpo ficando etéreo
até sumir, naquela tarde de domingo
ensolarado, mas triste?
quarta-feira, 21 de abril de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Solucídio
Hoje me ocorreu amputar a cabeça.
Não é muito intenso, não mesmo, mas pensa!
Se eu corto o delírio, o mal pela raiz,
quem sabe não corto o mal que me fiz?
Se pulo da ponte, de queda rente ao chão
mirando aquele ponto de total exatidão
em que me espatifo e me transformo em patê
até que todos na rua se parem pra ver.
Quem sabe até morro!
Acaba tudo assim,
eu mato o poeta,
eu mato o agouro,
e eu mato meu fim.
Mas vale frisar que a cabeça é quem some,
do corpo, da pele, do pescoço do homem.
Um fim para os meus fins é a morte
e o caminho que se faz à cabeça é um corte.
Hoje me ocorreu amputar a cabeça.
Não é muito esperto, não mesmo, mas pensa...
Não é muito intenso, não mesmo, mas pensa!
Se eu corto o delírio, o mal pela raiz,
quem sabe não corto o mal que me fiz?
Se pulo da ponte, de queda rente ao chão
mirando aquele ponto de total exatidão
em que me espatifo e me transformo em patê
até que todos na rua se parem pra ver.
Quem sabe até morro!
Acaba tudo assim,
eu mato o poeta,
eu mato o agouro,
e eu mato meu fim.
Mas vale frisar que a cabeça é quem some,
do corpo, da pele, do pescoço do homem.
Um fim para os meus fins é a morte
e o caminho que se faz à cabeça é um corte.
Hoje me ocorreu amputar a cabeça.
Não é muito esperto, não mesmo, mas pensa...
Essa música
Essa música,
Essa música ecoa na minha cabeça
Ecoa na minha cabeça
Cabeça?!
Pedri a cabeça
e a cabeça ecoa a música,
sem cabeça.
Ecoa e ecoa na cabeça.
Minha música sem cabeça.
E sem música a cabeça é oca
e ecoa.
Eco!
A música e a cabeça sem.
Eco!
Ecoam em minha cabeça.
Cabeça? Eco!
Essa música ecoa na minha cabeça
Ecoa na minha cabeça
Cabeça?!
Pedri a cabeça
e a cabeça ecoa a música,
sem cabeça.
Ecoa e ecoa na cabeça.
Minha música sem cabeça.
E sem música a cabeça é oca
e ecoa.
Eco!
A música e a cabeça sem.
Eco!
Ecoam em minha cabeça.
Cabeça? Eco!
sábado, 3 de abril de 2010
Psicopatia revelada
Quem poderia dizer aquilo que somos?
olhar no espelho e observar a barba que cresce
o jovem que morre para mutar-se ancião
a inteligência humana da velhice que vem.
No tempo, artigo da morte,
veneno lento, mas forte...
Sabor de pecado e vida
mas que nunca fechará a ferida.
Tempo, morto.
Não acredito mais em você,
porque não te toco.
Não me vês, não te vejo.
Não te toco, tu me tocas.
Aquele sabor de esquecimento que só o tempo,
ah o tempo,tempo de tudo...
só o tempo pode curar, mas não é remédio que se diga logo,
tempo é um veneno de esquecimento por vezes conveniente,
não sempre.
Quando o tempo passa, tudo passa,
o tempo é um inimigo perigoso,
destrói a tudo sem jamais poder ser destruído.
O tempo, ah, o tempo é um perigo!
O tempo mata o amor,
mata o sabor, o que é bom,
mata a alegria,
matou essa poesia.
olhar no espelho e observar a barba que cresce
o jovem que morre para mutar-se ancião
a inteligência humana da velhice que vem.
No tempo, artigo da morte,
veneno lento, mas forte...
Sabor de pecado e vida
mas que nunca fechará a ferida.
Tempo, morto.
Não acredito mais em você,
porque não te toco.
Não me vês, não te vejo.
Não te toco, tu me tocas.
Aquele sabor de esquecimento que só o tempo,
ah o tempo,tempo de tudo...
só o tempo pode curar, mas não é remédio que se diga logo,
tempo é um veneno de esquecimento por vezes conveniente,
não sempre.
Quando o tempo passa, tudo passa,
o tempo é um inimigo perigoso,
destrói a tudo sem jamais poder ser destruído.
O tempo, ah, o tempo é um perigo!
O tempo mata o amor,
mata o sabor, o que é bom,
mata a alegria,
matou essa poesia.
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